Doze girassóis, doze vidas cortadas, alegria aprisionada na jarra da vida.

Doze vidas que se extinguem, lentamente, inexoravelmente.

Os amarelos de Van Gogh, daltonismo para alguns, alegria para a minha alma, esvaem-se neste quadro, empalidecidos, tristes, aprisionados.

Distantes do campo onde cresceram, adquirem a tristeza da liberdade perdida, voltam-se para o chão da vida, obedecem passivos às leis da jarra, as leis dos homens.
Assim é a arte, assim é a vida.

Ainda assim, há os que resistem; os que recusam a palidez e assumem, altivos a pose do vencedor.
No entanto, tudo é efémero e a morte triunfará; em breve serão pó.

O amarelo dará lugar à cinza.

Mas o mundo persistirá; com novos girassóis e novas prisões; novos amarelos dos campos de Van Gogh. Por mais que o mundo os agarre, os oprima e os vença, os girassóis resistirão.
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Como dizia Pablo Neruda, “a primavera é inexorável!”.
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Texto de Zeus



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